Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, este é o nome completo das siglas TDAH. Trata-se de uma condição comportamental causada no indivíduo e suas características principais, como o nome já diz, são a falta de atenção, a impulsividade e a hiperatividade, causando grandes impactos ao portador do transtorno e seus familiares.
Portadores do TDAH apresentam um funcionamento diferente do cérebro. Ou seja, as conexões entre os neurônios tornam-se menos efetivas, o que leva aos circuitos cerebrais, respostas distorcidas a diferentes situações. Por exemplo, não saber esperar para responder no momento apropriado, impulsividade nos atos, baixa capacidade de atenção, entre outros.
Segundo o professor Osmar Salvadori, Diretor de Conteúdo da Ed-tech We Students, quando se pensa em TDAH, a responsabilidade sobre a causa geralmente recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos ou má formação, problemas familiares e hereditariedade. Esses estudos estruturais e metabólicos, somados aos estudos genéticos e sobre a família, bem como as pesquisar sobre a reação a medicamentos, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico.
Ainda assim, não há uma evidência concreta de qual fator exatamente contribui para o desenvolvimento do transtorno, ou até mesmo de sua origem, mas acredita-se que a condição pode ser causada por um ou mais fatores.
No âmbito fisiológico, acredita-se que o TDAH é causado por um desequilíbrio dos neurotransmissores, mensageiros químicos no cérebro, conhecidos como Noradrenalina e Dopamina. Além disso, fatores externos, como o tabagismo durante a gravidez ou complicações na gestação, parto ou infância também podem ser considerados fatores.
De acordo com estudos, ainda é possível que o TDAH seja causado pelo fator genético. Os parentes de pessoas com TDAH são cinco vezes mais propensos a desenvolver a doença do que pessoas sem histórico familiar. Isso não significa que todas as crianças em uma família terão essa condição.
O TDHA apresenta sintomas distintos dependendo de cada faixa etária.
Na infância
A criança pode apresentar grande distração; dificuldade em organizar suas tarefas e brinquedos; impulsividade em jogos ou conversas, não sabendo esperar chegar a sua vez; demonstrar inquietação e irritabilidade ao ficar sentada por muito tempo.
Na adolescência
Possui grande sensibilidade a mudanças; dificuldades no controle de frustração e raiva; dificuldade em estabelecer relações com os outros e integração em grupos; desinteresse pelos estudos e má organização das tarefas.
Na fase adulta
Apresenta dificuldade em iniciar e concluir projetos; problemas de falta de atenção e concentração; dificuldade em organizar e administrar seu tempo; toma decisões impulsivas.
O diagnóstico é realizado por um profissional de saúde mental, como neurologista, neuropediatra, psiquiatra ou neuropsiquiatria, lembrando que eles precisam ser especialistas em TDAH.
Após o diagnóstico, o tratamento conta com a presença de profissionais imprescindíveis, com destaque para os psicólogos. É possível também haver a intervenção de medicamentos, que controlam os efeitos do transtorno.
Essas substâncias são responsáveis por diminuir os principais sintomas, como a impulsividade e a desatenção. É importante ressaltar que nem toda criança com TDAH precisa fazer uso de medicação, e a decisão será determinada em conjunto pela família e pelo médico.